sábado, 12 de junho de 2010

Bebidas alcoólicas: uma discussão necessária


OMS recomenda aumento de impostos para bebidas alcoólicas

Muitas discussões estão sendo feitas no que diz respeito à relação entre propaganda de bebidas alcoólicas, Copa do Mundo de Futebol e Seleção Brasileira. Críticas são dirigidas ao técnico Dunga pelo seu envolvimento no marketing de determinada bebida, o que seria danoso principalmente para os jovens. É fato bem conhecido o poder que tem esse esporte no comportamento de milhões de brasileiros, mais ainda quando um tipo de bebida alcoólica é apresentado quase como inofensivo. Em todo o mundo é uma preocupação de primeira ordem o combate ao alcoolismo.

A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, há poucos dias, e por consenso, a adoção de uma estratégia para combater o uso excessivo de álcool através do aumento dos impostos de bebidas alcoólicas, além de uma regulamentação mais incisiva do marketing das mesmas. O documento aprovado afirma que quanto mais acessível está a bebida, seja pelo baixo preço ou pelo poder aquisitivo suficiente, maior é o consumo. Afirma, também, que existe uma forte evidência de que aplicar um limite baixo de concentração de álcool no sangue (de 0.02% a 0.05%) é efetivo para reduzir acidentes de tráfico induzidos pelo álcool.

Além disso, o álcool contribui para provocar acidentes diversos, problemas de saúde mental, conflitos sociais e danos a terceiros. A OMS estima que os riscos para a saúde vinculados ao álcool causam 2.5 milhões de mortes anualmente por doenças cardíacas e hepáticas, acidentes de trânsito, suicídios e diversos tipos de câncer, o que supõe 3.8% de todas as mortes. Na realidade, é o terceiro fator de risco para mortes prematuras e para incapacidades em todo o mundo. O consumo excessivo de álcool pode provocar relações sexuais sem proteção, incluindo sexo com múltiplos parceiros. As recomendações aprovadas foram elaboradas depois de dois anos de debates e devem servir como diretrizes para os países pertencentes à OMS.

Fonte: http://www.unimedjp.com.br/colunas/joaomodestofilho/coluna.php?id=301

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