quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Jornada 30 horas para Nutricionistas


A Federação Nacional dos Nutricionistas solicita que todos divulguem e assinem o abaixo assinado de apoio a aprovação do projeto de lei que determina carga horária máxima de 30 horas para os nutricionistas. Na verdade, o projeto já foi aprovado no Senado e aguarda apenas a assinatura do presidente para ser colocado em prática.


http://www.fnn.org.br/abaixoassinado3.php


Todos podem assinar, não somente nutricionistas. Divulguem!

Imagem obtida no site: http://bemviverdravanessa.blogspot.com/2010/08/31-de-agosto-dia-do-profissional.html

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Informe Alimentação e Nutrição - Bolsa Família - Edição nº 7 - 13/01/2011

Resultado final da 2ª vigência de 2010 do acompanhamento das condicionalidades da saúde


No segundo semestre de 2010, a Saúde registrou o acompanhamento de 7,2 milhões de famílias do Programa Bolsa Família, número que representa 68,4% das famílias com perfil saúde, ou seja, com crianças menores de 7 anos e/ou mulheres em idade fértil.

Este número demonstra o volume de ações de saúde acessadas pelas famílias do Programa, ações estas que compreendem o seguimento do calendário vacinal, o monitoramento do crescimento da criança, o pré natal da gestantes, a assistência pós parto, bem como a vigilância nutricional da família. Entre as crianças, 70% (6,1 milhões) das crianças beneficiárias foram acompanhadas integralmente sendo que entre essas 99,2% estavam com o calendário de vacinação em dia. Das gestantes, 95% encontravam-se com o seu pré-natal em dia.

Em relação à meta pactuada no Pacto pela Saúde, nos componentes pela Vida e de Gestão, para cobertura do acompanhamento das famílias beneficiárias com perfil saúde, 18 estados conseguiram atingi-la ou superá-la: Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins (Tabela).

Os resultados apresentados no acompanhamento dos beneficiários do Programa Bolsa Família são garantidos pela Atenção Básica de Saúde, da qual participam 230 mil Agentes Comunitários de Saúde e 31 mil equipes de Saúde da Família. Parabenizamos todos os profissionais de saúde, que com dedicação e esforço a este compromisso, contribuem para a redução da pobreza e da miséria e para o acesso às ações básicas de saúde e assim melhorar as condições de saúde e de vida dos beneficiários.


Fonte: MINISTÉRIO da SAÚDE/DATASUS/Sistema de Gestão do Programa Bolsa Família na Saúde

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

As faces do cuidado - Editorial da revista RADIS


Revista RADIS discute as faces do cuidado

A integralidade na atenção à saúde não significa dar conta de tudo, mas de um todo”. Essa definição presente na matéria sobre o 10º Seminário Nacional do Projeto Integralidade, sintetiza o que orienta a ação de dezenas de gestores e profissionais da saúde e de outras áreas ouvidos nas diferentes reportagens desta edição. “Cuidado, assim como acolhimento e atenção, relaciona-se a sentimentos de solidariedade coletiva” lembra um convidado do seminário promovido pelo Lapis/UERJ. É preciso libertar o cuidado dos dispositivos “funcionalistas, produtivistas e fragmentários” ainda presentes nas políticas de saúde, acrescenta outra participante.

Os primeiros depoimentos desta edição vêm de médicos, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos, administradores, economistas e engenheiros brasileiros que integram a organização Médicos Sem fronteiras e levam ajuda profissional a qualquer lugar do planeta onde haja catástrofes naturais, fome, conflitos armados e epidemias. Na interação com cada criança, cada coletividade, eles se surpreendem com a capacidade humana de recuperar forças e recomeçar.

Esta “resiliência” é o que permite reencontrar ânimo e alegria, a partir do pouco que resta. Nela apostam os especialistas quando defendem o foco na saúde do usuário para lidar com o consumo de drogas, que movimenta indústria milionária de produção e comercialização ilegal e associada ao tráfico de armas e lavagem de dinheiro. Nossa matéria não traz apenas um debate polarizado entre proibição ou legalização. Transita na complexidade das gradações do controle de produção e comércio, nas implicações da criminalização e penalização do uso, no pragmatismo de políticas de redução de danos para usuários ou dependentes de drogas ilegais ou legais. Estudiosos da questão analisam aqui o quanto o modelo “proibicionista de controle” realimentou toda essa indústria, as limitações ao enfoque da saúde por conta do viés jurídico e penal dos tratados internacionais, as resistências às bem sucedidas estratégias de redução de danos e “consultórios de rua” no Brasil, a redução do consumo de drogas em países que resolveram enfrentar o problema de forma mais flexível, como Portugal.

Por fim, um tema que sempre dá muita satisfação abordar nesta revista: aleitamento materno e bancos de leite humano. A criação e articulação dos bancos e os excelentes resultados dessa política para a saúde das crianças e na redução da mortalidade infantil, contribuem para alcançar antecipadamente um dos objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecidos pelas Nações Unidas, compromisso com o qual a Fiocruz está inteiramente envolvida. No relato de brasileiros e companheiros de países ibéricos, da América Latina e Caribe, a alegria por cada novo banco de leite inaugurado e articulado em rede entre os países – vários ainda sem nenhum – e o interesse em identificar as fragilidades a serem analisadas e superadas.

Rogério Lannes Rocha
Coordenador do Programa RADIS

Reproduzido da revista RADIS, n. 101, Janeiro de 2011
http://www4.ensp.fiocruz.br/radis/101/edit.html

Foto obtida no site: http://tilz.tearfund.org/Portugues/PILARES/Respondendo+ao+VIH+HIV+e+%C3%A0+SIDA+com+maior+efic%C3%A1cia/PILARES+VIH+H19.htm

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Sobre uma das soluções para driblar a fome

Pensar pode ser a melhor dieta

Luciano Siqueira - Blog de Jamildo (Jornal do Commercio Online)

Penso, logo existo – já ensinava René Descartes há trezentos e cinquenta anos. Podemos dizer agora: penso, logo me alimento – bem ou mal, conforme o conteúdo do meu pensamento.

Como assim? É que imaginar os alimentos diminui a vontade de comer, ou seja, pensar em comida por vários minutos tem o poder de saciar o cérebro. Exatamente o contrário do que se supõe comumente. “Estou liso, nem quero pensar em comida para não aumentar a fome”, quem já não ouviu isso?

Desse modo, pensar pode ser uma excelente dieta. Ou uma solução pelo menos temporária para o cara que está na pior e não quer morrer de fome. Isso a julgar pelo que dizem pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, EUA. Eles constataram que quando um vivente qualquer se imagina ingerindo grandes quantidades de um alimento antes de efetivamente consumi-lo, na prática termina diminuindo drasticamente as porções.

Parece uma brincadeira, mas tudo indica que não é. Digo “tudo indica” porque sou meio ressabiado com pesquisas desse tipo. Certa vez esteve no Brasil um cientista israelense que “descobrira” que a ingesta diária de quantidades enormes de ovos de galinha nada tem a ver com as taxas de colesterol elevadas. Fez palestra em São Paulo a convite de avicultores.

Sei que a coisa é diferente, mas dá para desconfiar. Segundo os pesquisadores norte-americanos, pensar e comer menos ocorre em razão de um fenômeno chamado “habituação”. E funciona assim: quando o indivíduo é submetido a um estímulo repetidas vezes ou por longo período, decaem as respostas fisiológicas e comportamentais. Por isso, cá na província os últimos pedaços de uma rapadura parecem não ser tão saborosos quanto os primeiros. Ou a quinta tulipa de chope. Ou a quarta dose de uma boa cachaça.

O fenômeno pode ser de grande valia no tratamento da compulsão alimentar e até da dependência química. Será? Tomara que sim. Mas creio que é necessário, durante o tratamento, esconder do paciente que pensar na comida reduz a vontade de comer. Para evitar a trapaça do chocólatra, por exemplo, que fará justamente o contrário: desviará a mente para os lances da última partida do seu time preferido.

Donde se conclui que a ciência tem seus limites. Ou estou pensando errado?

Blog do autor: http://lucianosiqueira.blogspot.com