domingo, 13 de junho de 2010

As bebidas açucaradas aumentam o risco de obesidade e de diabetes tipo 2

As evidências publicadas até hoje revelam um paralelo estreito entre a obesidade crescente e os níveis cada vez mais altos de consumo de bebidas açucaradas. As bebidas açucaradas contêm edulcorantes não dietéticos, como sacarose, xarope de milho com alta concentração de frutose ou concentrados de sucos de frutas, cujos efeitos metabólicos são similares. Dentro desta categoria de bebidas, estão os sucos sintéticos, os gaseificados, as bebidas para esportistas, as energizantes, ás águas com suplementos vitamínicos, os chás frios com adoçantes, dentre outros produtos, que representam uma das principais fontes de ingesta de açucares refinados por parte da população de países desenvolvidos. Apesar de sempre ter havido a suspeita de que essas bebidas açucaradas contribuíssem para a epidemia de obesidade que afeta o mundo ocidental, somente recentemente foram publicados os resultados de grandes estudos epidemiológicos que quantificaram a relação entre o consumo de bebidas açucaradas e o aumento de peso a longo prazo, o diabetes tipo 2 e o risco de doença cardiovascular. As bebidas açucaradas contribuem para o aumento do peso corporal através da compensação incompleta da energia proporcionada pelos alimentos sob a forma de “calorias líquidas”, visto que aumentam o risco de diabetes tipo 2 e de doença cardiovascular ao levarem ao organismo uma alta carga glicêmica que induz inflamação, resistência à insulina e disfunção das células beta pancreáticas. A fração de frutose das bebidas açucaradas também pode gerar acúmulo de adiposidade visceral, o incremento de novo da lipogênese hepática e o desenvolvimento de hipertensão associada com a hiperuricemia.

Em visto disso, devia haver o desenvolvimento de campanhas educativas que estimulem a substituição desse tipo de bebidas por água, uma medida que teria grande impacto sobre a saúde pública, pois reduziriam expressivamente o risco de obesidade e de doenças crônicas na população.


Abril de 2010, Thomson Reuters
Universidade de Harvard, Boston, EUA
Fonte: http://www.dialogoroche.com.br/portal/eipf/br/br_portal/dialogo/at_metabolismo_noticias?siteUuid=re7196006&paf_gear_id=40500021&pageId=re7466010&synergyaction=show&paf_dm=full&nodeId=1415-3f96d8c85d3e11dfbecf1b4cb9692db0

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