segunda-feira, 22 de março de 2010

A reforma de saúde aprovada nos EUA

É interessante ler sobre o nosso sistema público de saúde e ver como, no Brasil, há coberturas que nem com esta reforma o americano pobre e mesmo médio terá acesso.A essência da saúde nos EUA é de caráter privado.

Conheça os principais pontos da reforma de saúde aprovada pela Câmara de Representantes


Os principais aspectos do projeto de lei de reforma da saúde aprovado ontem (7) pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos são os seguintes:

COBERTURA

- Ampliará o seguro de saúde para 36 milhões de americanos que carecem dele. Segundo o Escritório do Censo, o número de pessoas sem seguro de saúde alcançou 46,3 milhões em 2008.

- Cria um plano de seguro público, que concorrerá com os privados. Segundo o Escritório de Orçamentos do Congresso, seis milhões de pessoas vão escolher esta opção.

- Proíbe as seguradoras privadas de se negarem a estender uma apólice a pessoas que sofrem de uma doença, nem cobrar mais por certas pessoas de acordo com seu histórico médico.

- Permite que os menores de 27 anos usufruam da cobertura do seguro de saúde de seus pais.

- Amplia o programa Medicaid, destinado aos pobres. Estima-se que 15 milhões de pessoas a mais poderão somar-se a ele, um número incluído nos 36 milhões de americanos que receberão cobertura, segundo o plano.

- Dá subsídios aos cidadãos para o pagamento do seguro.

OBRIGAÇÕES E SANÇÕES

- Obriga os americanos a contratar um seguro de saúde. Os que não o fizerem terão que pagar um imposto de 2,5% sobre sua renda.

- A maioria das empresas terá que dar cobertura de saúde a seus funcionários e pagar pelo menos 72% de seu custo para os trabalhadores solteiros e 65% para os que têm família.

- As pequenas empresas estão isentas dessa obrigação, embora receberão deduções fiscais para ajudá-las a pagar o seguro a seus empregados, se assim o fizerem.

- As empresas com despesas de pessoal maiores que meio milhão de dólares ao ano que não proporcionem cobertura de saúde a seus empregados enfrentarão sanções de entre 2% e 8% dos salários.

CUSTO

A expansão dos programas do Governo prevista no projeto custará mais de um trilhão de dólares durante 10 anos. No entanto, se for contado o que será arrecadado em multas, seu valor total será de 894 bilhões de dólares, segundo os democratas.

FINANCIAMENTO

Os democratas mantêm que no final o projeto de lei não custará nada ao erário graças a cortes de despesas no programa Medicare, destinado aos idosos, e as altas de impostos contempladas.

- Aplica um imposto de 5,4% às pessoas que ganham mais de 500 mil de dólares ao ano sobre sua renda que ultrapassar essa quantidade. Este encargo significará uma arrecadação de 460,5 bilhões de dólares em dez anos.

- Aplica um imposto de 2,5% à venda de aparelhos médicos.

- Limita alguns abatimentos de impostos que beneficiam multinacionais, assim como uma dedução fiscal avaliada em 25 bilhões de dólares desfrutada por papeleiras.

As consequências das dietas inadequadas

'Obesidade extrema' é nova categoria de doença que afeta crianças dos EUA

Cada vez mais crianças americanas entram, desde pequenas, na "obesidade extrema", uma categoria associada a mais riscos de morte prematura e desenvolvimento de doenças que normalmente aparecem apenas em idade avançada, indica um estudo publicado na quinta-feira. 7,3% dos meninos e 5,5% das meninas de 2 a 19 anos são atualmente considerados "obesos extremos", uma categoria criada em 2009 pelo Centro de controle de doenças dos Estados Unidos (CDC), indica o estudo, realizado pelo grupo de seguros de saúde Kaiser Permanente. São considerados "extremamente" obesas as crianças com um Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 35 kg/m2. Assim, um menino de 12 anos que mede 1,52 metros e pesa 82 quilos entra nesta nova categoria. Esta forma de obesidade mórbida afeta mais os meninos aos 10 anos e as meninas aos 12 e 18 anos, segundo o estudo, publicado no Journal of Pediatrics. "Sem uma mudança importante nos hábitos alimentares, estas crianças correm o risco de que sua esperança de vida se reduza de 10 a 20 anos e se desenvolvam, a partir dos 20 anos, problemas de saúde habituais a pessoas de 40 a 60 anos", afirma Corinna Koebnick, principal autora da pesquisa. "Estas crianças, por exemplo, têm mais riscos de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2 e problemas nas articulações", desde os 20 anos, acrescentou a pesquisadora. A obesidade extrema afeta especialmente as minorias: 12% das meninas negras e 12% dos meninos hispânicos são extremamente obesos. A pesquisa avalia em 37% a proporção de crianças acima do peso nos Estados Unidos (com um IMC superior a 25) e em 19% a quantidade de obesos (IMC superior a 30.

Fonte: Bom Dia Doutor, do laboratório Hebron