sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sobre a nova Política Nacional de Alimentação e Nutrição.

Aprovação do novo texto da Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
Por vanessa.franco em Sex 28 de Oct, 2011 08:31 BRT .Prezados leitores do Blog da CGAN, É com enorme alegria que comunico que a nova Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) foi aprovada na 9ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite do SUS, em 27 de outubro de 2011. A PNAN foi lançada em 1999 e deste então é reconhecida como importante marco legal e referência técnica e política dentre os esforços do Estado Brasileiro para garantia dos direitos humanos à saúde e à alimentação. Ao se completar dez anos de publicação da PNAN, teve início o processo de atualização e aprimoramento das suas bases e diretrizes, na busca de uma resposta oportuna e específica do Sistema Único de Saúde (SUS) na reorganização, qualificação e aperfeiçoamento das ações de Alimentação e Nutrição para o enfrentamento da complexidade da situação alimentar e nutricional da população brasileira. A PNAN tem como propósito a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição. Ela reafirma os princípios doutrinários e organizativos do Sistema Único de Saúde (universalidade, integralidade, equidade, descentralização, regionalização, hierarquização e participação e controle popular), aos quais se somam aos princípios a seguir: da alimentação como elemento de humanização das práticas de saúde; do respeito à diversidade e à cultura alimentar; do fortalecimento da autonomia dos indivíduos as escolhas e práticas alimentares; da determinação social e da natureza interdisciplinar e intersetorial da alimentação e nutrição e da segurança alimentar e nutricional com soberania. A PNAN, nesta sua segunda edição, está organizada em diretrizes que abrangem o escopo da atenção nutricional no Sistema Único de Saúde com foco na vigilância, promoção, prevenção e cuidado integral de agravos relacionados à alimentação e nutrição; atividades essas integradas às demais ações de saúde nas redes de atenção, tendo a atenção básica como ordenadora das ações. As diretrizes que integram a PNAN indicam as linhas de ações para o alcance do seu propósito, capazes de modificar os determinantes de saúde e promover a saúde da população. Sendo consolidadas em: 1. Organização da Atenção Nutricional; 2. Promoção da Alimentação Adequada e Saudável; 3. Vigilância Alimentar e Nutricional; 4. Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição; 5. Participação e Controle Social; 6. Qualificação da Força de Trabalho; 7. Controle e Regulação dos Alimentos; 8. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição; 9. Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional. Esta nova edição da PNAN apresenta-se articulada com o Plano Nacional de Saúde e Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, respeita os instrumentos de planejamento e pactuação do SUS e integra a lógica das redes de atenção à saúde. Ela foi revisada em amplo, dialógico e democrático processo de consulta que contou com a colaboração de vários atores envolvidos no tema, tais como: conselheiros nacionais, estaduais, municipais de saúde; entidades da sociedade civil; entidades de trabalhadores de saúde; gestores estaduais e municipais de Alimentação e Nutrição e da Saúde; conselheiros estaduais de Segurança Alimentar e Nutricional; Centros Colaboradores de Alimentação e Nutrição e especialistas em políticas públicas de saúde e de alimentação e nutrição. Por fim, gostaria de agradecer a todos que de alguma forma participaram do processo de revisão da PNAN, em particular à Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição do Conselho Nacional de Saúde (CIAN/CNS) pela parceria que possibilitou o início do processo de revisão da nossa Política. Despeço-me com a certeza que demos um decisivo passo no alcance do sonho de fazer a PNAN cada vez mais presente no SUS e no dia a dia do povo brasileiro. Bom final de semana! Patricia Jaime Fonte: http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-view_blog.php?blogId=1

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Veneno Está na Mesa - Os problemas gerados pelo uso dos agrotóxicos

Silvio Tendler: o veneno está na mesa do brasileiro
Silvio Tendler é um especialista em documentar a história brasileira. Já o fez a partir de João Goulart, Juscelino Kubitschek,Carlos Marighela, Milton Santos, Glauber Rocha e outros nomes importantes. Em seu último documentário, Silvio não define nenhum personagem em particular, mas dá o alerta para uma grave questão que atualmente afeta a vida e a saúde dos brasileiros: o envenenamento a partir dos alimentos. Em O veneno está na mesa, lançado no último dia (25) no Rio de Janeiro, o documentarista mostra que o Brasil está envenenando diariamente sua população a partir do uso abusivo de agrotóxicos nos alimentos. Em um ranking para se envergonhar, o brasileiro é o que mais consome agrotóxico em todo o mundo, sendo 5,2 litros a cada ano por habitante. As consequências, como mostra o documentário, são desastrosas. Em entrevista ao Brasil de Fato, Silvio Tendler diz que o problema está no modelo de desenvolvimento brasileiro. E seu filme, que também é um produto da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, capitaneada por uma dezena de movimentos sociais, nos leva a uma reflexão sobre os rumos desse modelo. Confira. Brasil de Fato: Você que é um especialista em registrar a história do Brasil, por que resolveu documentar o impacto dos agrotóxicos sobre a agricultura e não um outro tema nacional? Silvio Tendler: Porque a partir de agora estou querendo discutir o futuro e não mais o passado. Eu tenho todo o respeito pelo passado, adoro os filmes que fiz, adoro minha obra. Aliás, meus filmes não são voltados para o passado, são voltados para uma reflexão que ajuda a construir o presente e, de uma certa forma, o futuro. Mas estou muito preocupado. Na verdade esse filme nasceu de uma conversa minha com [o jornalista e escritor] Eduardo Galeano em Montevidéu [no Uruguai] há uns dois anos, em que discutíamos o mundo, o futuro, a vida. E o Galeano estava muito preocupado porque o Brasil é o país que mais consumia agrotóxico no mundo. O mundo está sendo completamente intoxicado por uma indústria absolutamente desnecessária e gananciosa, cujo único objetivo realmente é ganhar dinheiro. Quer dizer, não tem nenhum sentido para a humanidade que justifique isso que está se fazendo com os seres humanos e a própria terra. A partir daí resolvi trabalhar essa questão. Conversei com o João Pedro Stédile [coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra], e ele disse que estavam preocupados com isso também. Por coincidência, surgiu a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos, movida por muitas entidades, todas absolutamente muito respeitadas e respeitáveis. Fizemos a parceria e o filme ficou pronto. É um filme que vai ter desdobramentos, porque eu agora quero trabalhar essas questões. Brasil de Fato: Então seus próximos documentários deverão tratar desse tema? ST: Pra você ter uma ideia, no contrato inicial desse documentário consta que ele seria feito em 26 minutos, mas é muita coisa pra falar. Então ficou em 50 [minutos]. E as pessoas quando viram o filme, ao invés de me dizerem ‘está muito longo’, disseram ‘está curto, você tem que falar mais’. Quer dizer, tem que discutir outras questões, e aí eu me entusiasmei com essa ideia e estou querendo discutir temas conexos à destruição do planeta por conta de um modelo de desenvolvimento perverso que está sendo adotado. Uma questão para ser discutida de forma urgente, que é conexa a esse filme, é o agronegócio. É o modelo de desenvolvimento brasileiro. Quer dizer, porque colocar os trabalhadores para fora da terra deles para que vivam de forma absolutamente marginal, provocando o inchaço das cidades e a perda de qualidade de vida para todo mundo, já que no espaço onde moravam cinco, vão morar 15? Por que se plantou no Brasil esse modelo que expulsa as pessoas da terra para concentrar a propriedade rural em poucas mãos, esse modelo de desenvolvimento, todo ele mecanizado, industrializado, desempregando mão de obra para que algumas pessoas tenham um lucro absurdo? E tudo está vinculado à exploração predatória da terra. Por que nós temos que desenvolver o mundo, a terra, o Brasil em função do lucro e não dos direitos do homem e da natureza? Essas são as questões que quero discutir. Brasil de Fato: Você também mostrou que até mesmo os trabalhadores que não foram expulsos do campo estão morrendo por aplicar em agrotóxicos nas plantações. O impacto na saúde desses agricultores é muito grande... ST: É mais grave que isso. Na verdade, o cara é obrigado a usar o agrotóxico. Se ele não usar o agrotóxico, ele não recebe o crédito do banco. O banco não financia a agricultura sem agrotóxico. Inclusive tem um camponês que fala isso no filme, o Adonai. Ele conta que no dia em que o inspetor do banco vai à plantação verificar se ele comprou os produtos, se você não tiver as notas da semente transgênica, do herbicida, etc., você é obrigado a devolver o dinheiro. Então não é verdade que se dá ao camponês agricultor o direito de dizer ‘não quero plantar transgênico’, ‘não quero trabalhar com herbicidas’, ‘quero trabalhar com agricultura orgânica, natural’. Porque para o banco, a garantia de que a safra vai vingar não é o trabalho do camponês e a sua relação com a terra, são os produtos químicos que são usados para afastar as pestes, afastar pragas. Esse modelo está completamente errado. O camponês não tem nenhum tipo de crédito alternativo, que dê a ele o direito de fazer um outro tipo de agricultura. E aí você deixa as pessoas morrendo como empregadas do agronegócio, como tem o Vanderlei, que é mostrado no filme. Depois de três anos fazendo a tal da mistura dos agrotóxicos, morreu de uma hepatopatia grave. Tem outra senhora de 32 anos que está ficando totalmente paralítica por conta do trabalho dela com agrotóxico na lavoura do fumo. Brasil de Fato: A impressão que dá é que os brasileiros estão se envenenando sem saber. Você acha que o filme pode contribuir para colocar o assunto em discussão? ST: Eu acho que a discussão é exatamente essa, a discussão é política. Eu, de uma certa maneira, despolitizei propositadamente o documentário. Eu não queria fazer um discurso em defesa da reforma agrária ou contra o agronegócio para não politizar a questão, para não parecer que, na verdade, a gente não quer comer bem, a gente quer dividir a terra. E são duas coisas que, apesar de conexas, eu não quis abordar. Eu não quis, digamos assustar a classe média. Eu só estou mostrando os malefícios que o agrotóxico provoca na vida da gente para que a classe média se convença que tem que lutar contra os agrotóxicos, que é uma luta que não é individual, é uma luta coletiva e política. Tem muita gente que parte do princípio ‘ah, então já sei, perto da minha casa tem uma feirinha orgânica e eu vou me virar e comer lá’, porque são pessoas que têm maior poder aquisitivo e poderiam comprar. Mas a questão não é essa. A questão é política, porque o agrotóxico está infiltrado no nosso cotidiano, entendeu? Queira você ou não, o agrotóxico chega à sua mesa através do pão, da pizza, do macarrão. O trigo é um trigo transgênico e chega a ser tratado com até oito cargas de pulverizador por ano. Você vai na pizzaria comer uma pizza deliciosa e aquilo ali tem transgênico. O que você está comendo na sua mesa é veneno. Isso independe de você. Hoje nada escapa. Então, ou você vai ser um monge recluso, plantando sua hortinha e sua terrinha, ou se você é uma pessoa que vai ficar exposta a isso e será obrigada a consumir. Brasil de Fato: Como você avalia o governo Dilma a partir dessa política de isenção fiscal para o uso de agrotóxico no campo brasileiro? ST: Deixa eu te falar, o governo Dilma está começando agora, não tem nenhum ano, então não dá para responsabilizá-la por essa política. Na verdade esse filme vai servir de alerta para ela também. Muitas das coisas que são ditas no filme, eles [o governo] não têm consciência. Esse filme não é para se vingar de ninguém. É para alertar. Quer dizer, na verdade você mora em Brasília, você está longe do mundo, e alguém diz para você ‘ah, isso é frescura da esquerda, esse problema não existe’, e os relatórios que colocam na sua mesa omitem as pessoas que estão morrendo por lidar diretamente com agrotóxico. [As mortes] vão todas para as vírgulas das estatísticas, entendeu? Acho que está na hora de mostrar que muitas vidas não seriam sacrificadas se a gente partisse para um modelo de agricultura mais humano, mais baseado nos insumos naturais, no manejo da terra, ao invés de intoxicar com veneno os rios, os lagos, os açudes, as pessoas, as crianças que vivem em volta, entendeu? Eu acho que seria ótimo se esse filme chegasse nas mãos da presidente e ela pudesse tomar consciência desse modelo que nós estamos vivendo e, a partir daí, começasse a mudar as políticas. Brasil de Fato: No documentário você optou por não falar com as empresas produtoras de agrotóxicos. Essa ideia ficou para um outro documentário? ST: É porque eu não quis fazer um filme que abrisse uma discussão técnica. Se as empresas reclamarem muito e pedirem para falar, eu ouço. Eu já recebi alguns pedidos e deixei as portas abertas. No Ceará eu filmei um cara que trabalha com gado leiteiro que estava morrendo contaminado por causa de uma empresa vizinha. Eu filmei, a empresa vizinha reclamou e eu deixei a porta aberta, dizendo ‘tudo bem, então vamos trabalhar em breve isso num outro filme’. Se as empresas que manipulam e produzem agrotóxico me chamarem para conversar, eu vou. E vou me basear cientificamente na questão porque eles também são craques em enrolar. Querem comprovar que você está comendo veneno e tudo bem (risos). E eu preciso de subsídios para dizer que não, que aquele veneno não é necessário para a minha vida. Nesse primeiro momento, eu quis botar a discussão na mesa. Algumas pessoas já começaram a me assustar, ‘você vai tomar processo’, mas eu estou na vida para viver. Se o cara quiser me processar por um documentário no qual eu falei a verdade, ele processa pois tem o direito. Agora, eu tenho direito, como cineasta, de dizer o que eu penso. Brasil de Fato: Esse filme será lançado somente no Rio ou em outras capitais também? ST: Eu estou convidado também para ir para Pernambuco em setembro, mas o filme pode acontecer independente de mim. Esse filme está saindo com o selinho de ‘copie e distribua’. Ele não será vendido. A gente vai fazer algumas cópias e distribuir dentro do sentido de multiplicação, no qual as pessoas recebem as cópias, fazem novas e as distribuem. O ideal é que cada entidade, e são mais de 20 bancando a Campanha, consiga distribuir pelo menos mil unidades. De cara você tem 20 mil cópias para serem distribuídas. E depois nós temos os estudantes, os movimentos sociais e sindicais, os professores. Vai ser uma discussão no Brasil. Temos que levar esse documentário para Brasília, para o Congresso, para a presidente da República, para o ministro da Agricultura, para o Ibama. Todo mundo tem que ver esse filme. Brasil de Fato: E expectativa é boa então? ST: Sim. Eu sou um otimista. Sempre fui. Fonte: Brasil de Fato

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Dia 20 de Outubro: Dia mundial de combate à osteoporose

Osteoporose já atinge 10 milhões de pessoas no Brasil
Saber quais as quantidades de cálcio e vitamina D que devem ser ingeridos durante a infância, juventude e idade adulta para ajudar na prevenção da osteoporose ainda é um fator desconhecido para a maior parte da população. O resultado: a osteoporose, doença tão silenciosa quanto a pressão alta, crônica e incapacitante, já atinge 10 milhões de pessoas no País. A recomendação é de pelo menos 1.000 miligramas de cálcio diárias. Mas dificilmente a população em geral e, em especial, as mulheres, as mais atingidas pelo problema, conseguem consumir os níveis indicados da substância. Densitometria Óssea, o que é isso? Para o diagnóstico da osteoporose, o exame indicado é a densitometria óssea, que avalia a densidade mineral do osso e o grau de osteopenia e osteoporose; e indica a probabilidade de fraturas. O termo osteopenia significa que a densidade mineral óssea (DMO) está abaixo do esperado para um adulto jovem, de 20 a 39 anos, do mesmo sexo e etnia. Com o avançar da idade ou a presença de fatores de risco, como a menopausa e o tabagismo, a pessoa terá mais chance de desenvolver osteoporose. O resultado do exame possibilita a obtenção da curva de perda óssea através do tempo, quando a avaliação é feita periodicamente. Trata-se de um procedimento rápido, indolor e leva de dois a quatro minutos para ser realizado. A densidade óssea é habitualmente medida no quadril e coluna. A radiologia, tomografia computadorizada e marcadores biológicos do metabolismo ósseo são outros métodos de avaliação óssea. Após o exame, as atividades podem ser retomadas normalmente. Quem deve fazer o exame? • Mulheres na fase da menopausa devem realizar, no mínimo, a cada ano ou dois anos; • Mulheres por volta dos 35 a 40 anos e que apresentam alguns dos fatores de risco; • Mulheres que fazem reposição com hormônios estrógenos; • Pessoas que usam hormônios tireoidianos, corticosteróides, e medicamentos anticonvulsivantes; • Mulheres com 65 anos ou mais; • Homens a partir dos 70 anos; • Pessoas com mais de 50 anos e com histórico de fraturas; • Nas crianças, o exame é indicado quando há necessidade de acompanhamento do desenvolvimento ósseo, em doenças osteometabólicas e, ocasionalmente, em regimes dietéticos para emagrecimento. Que preparo é necessário? • As grávidas precisam informar o médico do estado gestacional; • Evitar o consumo, horas antes do exame, de alimentos e bebidas que contenham cálcio; • Evitar o uso de medicamentos que contenham cálcio, 24 horas antes do exame; • O paciente não deverá ter se submetido a exame de Medicina Nuclear previamente (72 horas) ; • O paciente não deverá ter realizado exame radiológico com uso de contraste. É preciso aguardar pelo menos 5 dias; • No dia do teste, o paciente deverá comparecer com roupa sem metais (zíper, botões, broches etc). A Campanha “Seja Firme e Forte” convida a população a entender os riscos de uma dieta sem cálcio e vitamina D ou de uma vida sedentária. Hoje é o Dia Mundial de Combate à Osteoporose, ideal para conscientizar o maior número de pessoas. Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2011/10/20/dia-mundial-de-combate-a-osteoporose-doenca-ja-atinge-10-milhoes-de-pessoas-no-brasil/

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O Brasil liderando o combate à fome

O Brasil lidera pela terceira vez o levantamento da organização não governamental (ONG) ActionAid, divulgado hoje (10), que lista os países que mais combatem a fome. Desta vez, o anúncio de mais investimentos para a agricultura familiar levou o Brasil ao topo do ranking. Malauí, Ruanda, Etiópia e Tanzânia completam as cinco primeiras posições.
O relatório lista resultados do Programa Fome Zero, que levou à redução da desnutrição infantil em 73% entre 2002 e 2008, e elogia a inclusão do direito à alimentação na Constituição Federal em fevereiro de 2010. A iniciativa mais recente do país no combate à insegurança alimentar, segundo a ONG, foi o anúncio de R$ 16 bilhões para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012, para investimentos na produção de alimentos, geração de renda no campo e organização econômica de agricultores familiares, assentados da reforma agrária e povos e comunidades tradicionais. Apesar dos bons resultados, segundo a ActionAid, o Brasil precisa avançar na distribuição de terras, uma das mais desiguais do mundo. De acordo com o relatório, 56% da terra agricultável estão nas mãos de 3,5% dos proprietários rurais. Os 40% mais pobres têm apenas 1% dessas terras. “O país precisa resolver a profunda desigualdade no acesso à terra e assegurar que os novos processos de crescimento não gerem novas exclusões por meio do deslocamento das populações. E ainda há 16 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, altamente vulneráveis à fome. Essas pessoas são profundamente excluídas, são necessárias políticas públicas muito específicas e desenhadas para esse grupo”, avaliou o coordenador executivo da ActionAid Brasil, Adriano Campolina. Segundo ele, pode ser compartilhada com outros países a experiência brasileira em iniciativas de transferência de renda e políticas de proteção social e segurança alimentar, como os programas de merenda escolar e de construção de cisternas em regiões semiáridas. Na avaliação global, o levantamento aponta que apesar de recentes avanços no combate à fome e à insegurança alimentar, o mundo está prestes a enfrentar uma agravamento da crise de oferta de alimentos. Entre as causas estão os efeitos das mudanças climáticas e a perspectiva de aumento de preço dos alimentos, que deverá levar mais 44 milhões de pessoas à pobreza. De acordo com a ActionAid, a demanda de terras para a produção de biocombustíveis deve continuar inflacionando o preço dos alimentos. De acordo com Campolina, a crise econômica também deve frear os esforços internacionais de combate à fome. “Em um ambiente de crise há menos recursos disponíveis tanto para a ajuda externa quanto para o investimento doméstico em agricultura, o que pode levar a uma diminuição dos recursos que poderiam ser destinados à agricultura familiar e sustentável. Apesar que boa parte do que se ouviu até hoje sobre promessa de ajuda dos países ricos não constitui novos recursos”, acrescentou. A ONG sugere que o G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) inclua a crise alimentar na pauta de sua próxima reunião, em novembro, em Cannes, na França, e se comprometa, por exemplo, a garantir investimentos às pequenas propriedades dos países pobres e a frear a especulação de terras para a produção de biocombustíveis. “O G20 tem que tomar as medidas concretas para cumprir a prioridade de combater a fome. A prioridade não pode ser salvar grupos financeiros que especulam com commodities agrícolas ao custo da fome das populações pobres. É preciso investir em pequenos agricultores que produzem alimentos para consumo local e dinamizam mercados domésticos, apoiar a criação de estoques de alimentos nacionais e regionais e controlar a especulação financeira com produtos agrícolas”, defendeu o coordenador. Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-10-10/pela-terceira-vez-brasil-lidera-ranking-de-combate-fome

domingo, 16 de outubro de 2011

“Preços dos Alimentos: da crise à estabilidade” é o tema do Dia Mundial da Alimentação

Atividades marcam Dia Mundial da Alimentação: Aproximadamente 1 bilhão de pessoas passam fome em todo o mundo. Para alertar sociedade e autoridades para essa situação, celebra-se, no domingo, o Dia Mundial da Alimentação. A data, instituída pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), já é realizada em mais de 150 países. Neste ano, o Dia Mundial da Alimentação tem como tema: “Preços dos Alimentos: da crise à estabilidade”.
Organizações e movimentos sociais de vários países já se preparam para promover atividades e mobilizações referentes à data. Na Guatemala, por exemplo, ativistas realizarão um jejum voluntário no domingo como forma de chamar a atenção sobre os efeitos da falta de alimentação adequada. Segundo informações da Procuradoria dos Direitos Humanos (PDH), somente no ano passado, 6.575 guatemaltecos e guatemaltecas morreram em consequência de problemas relacionados à fome. Entidades de outros países também preparam atividades e mobilizações. Integrantes da Articulação Continental dos Movimentos Sociais para Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) – capítulo Argentina – realizaram, na tarde desta sexta-feira, uma manifestação na Praça Congresso até o Obelisco, em Buenos Aires. A ação teve o objetivo de denunciar a mercantilização dos recursos naturais e reivindicar o direito à soberania alimentar e à vida. “Lutamos contra a cultura das sementes transgênicas e contra os processos de concentração de terra. Denunciamos também a perseguição e a repressão de nossas comunidades indígenas e camponesas que resistem ao avanço do capital privado sobre nossas terras sob o amparo e a proteção das autoridades provinciais e locais. Mobilizamo-nos em defesa de Nossa Mãe Terra e por uma reforma agrária integral, única solução efetiva para conseguir o resfriamento imediato do planeta”, destacaram na convocação. Colômbia realiza atividades referentes à data desde o início do mês. Nos dias 6 e 7, Universidad Libre promoveu o II Encontro Internacional sobre Segurança Alimentar. Na segunda-feira passada , Medellín, capital do departamento de Antioquia, sediou a Cúpula Latino-Americana de Regiões sobre Segurança Alimentar. No dia seguinte, foi a vez de Cartagena, no departamento de Bolívar, ser palco do Fórum Internacional Preços dos Alimentos: da crise à estabilidade. As atividades no país sul-americano também seguirão após o Dia Mundial da Alimentação. Na próxima quarta-feira (19), a Universidade de La Salle, em Bogotá, promoverá um Fórum sobre os Preços dos Alimentos. Entre os dias 27 e 29, será a vez do Banco de Alimentos coletar produtos alimentícios na capital colombiana. No Brasil, a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) promoverá, nos próximos dias 17 e 18, o seminário: Programas de Alimentação Escolar Sustentáveis como Estratégia e Segurança Alimentar e Nutricional e de Cumprimento do Direito Humano à Alimentação Adequada. O evento reunirá estudantes, professores e profissionais da saúde para discutir os programas de alimentação escolar. Preço dos Alimentos: da crise à estabilidade Preço dos Alimentos: da crise à estabilidade. Esse é o tema principal escolhido pela FAO para celebração do Dia Mundial da Alimentação deste ano. A ideia, de acordo com o organismo internacional, é debater a questão e buscar estratégias para aliviar os efeitos na população mais vulnerável. Segundo FAO, “entre 2005 e 2008 os preços mundiais dos alimentos básicos alcançaram seus valores máximos em 30 anos”. E é justamente a população mais pobre quem mais sofre com esse aumento. Dados do Banco Mundial revelam que, em 2010 e 2011, o aumento dos preços dos alimentos levou cerca de 70 milhões de pessoas para a pobreza extrema. - Pelo que faz aos países importadores nítidos de alimentos, os aumentos dos preços podem prejudicar os países pobres, fazendo com que resulte muito mais caro importar alimentos para sua população. No plano individual, as pessoas que vivem com menos de 1,25 USD por dia podem se ver obrigadas a saltar uma refeição quando aumentam os preços dos alimentos. Os agricultores também se veem prejudicados porque necessitam saber os preços que seus cultivos conseguirão no momento da colheita quando ainda faltam meses para isso. Se é provável que consigam preços elevados, plantarão mais. Pelo contrário, se prevê que os preços serão baixos, plantarão menos e reduzirão custos, destaca FAO em nota. Fonte: http://correiodobrasil.com.br/atividades-marcam-dia-mundial-da-alimentacao/312408/

sábado, 1 de outubro de 2011

Luta contra a obesidade: Dinamarca cria sobretaxa para alimentos que engordam

Críticos dizem que aumentos podem fazer diferença na conta final do supermercado
A Dinamarca se tornou o primeiro país do mundo a introduzir uma sobretaxa para produtos e alimentos que engordam.

A partir deste sábado, produtos como manteiga, leite, queijo, pizza, carne, óleo, azeite e alimentos processados passam a pagar mais impostos se contiverem mais de 2,3% de gordura saturada.

Segundo o jornal Copenhagen Post, um pacote de 250g de manteiga sofrerá um aumento de mais de 14%, enquanto o litro do azeite de oliva custará 7% a mais.

A medida vem gerando polêmica tanto entre consumidores - que terão de gastar mais na sua compra de supermercado - quanto entre porta-vozes da indústria.

A Federação Dinamarquesa de Alimentos e Bebidas disse que a decisão pode levar muitos cidadãos a simplesmente cruzar a fronteira e fazer suas compras na Alemanha.

Segundo correspondentes, às vésperas do aumento, a população fez compras em grandes quantidades de produtos como manteiga, queijo e azeite.

"Foi uma semana caótica, com muitas prateleiras vazias. As pessoas encheram suas geladeiras", disse à agência AFP o proprietário de um supermercado em Copenhague.

Benefício para a saúde

A taxa também não é unanimidade entre os cientistas: uma parte da comunidade científica defende que a gordura saturada não é necessariamente o maior inimigo da silhueta.

Segundo estes especialistas, mais nocivo é o excesso de sal, açúcar e carboidratos refinados (presente em alimentos como o arroz branco, macarrão, massas e outros feitos a partir de farinha de trigo refinada, como pão branco, biscoitos e bolachas).

Segundo um estudo recente da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o índice de obesidade na Dinamarca está abaixo dos índices de outros países ricos.

Em 2005, 11% da população dinamarquesa podia ser considerada obesa, enquanto a taxa de sobrepeso no país era de 45%. Entre os países da OCDE, esses números eram de 16% e 50%, respectivamente.

Para efeito de comparação, nos EUA, 34% da população são obesos; no México, 30%; no Brasil, 16%; na França, 11%; e no Japão, 3%, ainda de acordo com os números da OCDE.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/10/111001_dinamarca_gordura_pu.shtml