Espaço para relacionar a Nutrição com outras áreas, propondo uma visão de integralidade na saúde. Destina-se a todos os profissionais e estudantes que lidam com a saúde e a doença das pessoas, minorando o sofrimento alheio. Aberto às manifestações culturais. Sugerimos que este seja também um canal de expressão do público em geral e das pessoas cuidadas por nutricionistas, médicos, enfermeiros, farmacêuticos, odontólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, agentes de saúde e psicólogos.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Associação da Obesidade com o Câncer
Câncer e obesidade
Marcelo Leite - Blog Ciência em Dia (19/4/2010)
(...) Imagine, combater tumores com remédios de prateleira, hoje empregados para diabetes, artrite e aterosclerose. Pois foi essa a avenida aberta, mas ainda não percorrida, por um estudo da Escola Médica de Harvard publicado terça-feira no periódico "Cancer Cell", pela equipe de Kevin Struhl. (...)
A novidade trazida por Struhl e companhia está numa ligação surpreendente entre genes ativos em tumores e genes ativos em outras doenças comuns. Coisas como obesidade (síndrome metabólica) e entupimento de vasos sanguíneos por placas de gordura (aterosclerose). São graves problemas de saúde pública, até mais que os tumores.
O time estudou dois grupos de células tumorais, um deles retirado de mamas e o outro, da pele. Encontraram-se milhares de genes em uso, entre dezenas de milhares disponíveis no genoma. Comparando os dois conjuntos, contudo, tornou-se possível discriminar três centenas -343, exatamente- de candidatos a um envolvimento direto com o câncer.
A surpresa veio com a pesquisa das funções já conhecidas desses candidatos. Apareceram várias famílias de genes implicados em processos inflamatórios e no metabolismo de lipídios (ou seja, gordura).
A associação entre tumores e inflamações já é bem estudada. (...) A participação de genes relacionados com lipídios, contudo, era muito menos esperada. (...)
[Struhl] lançou mão de medicamentos comuns, como metformina (para diabetes), celecoxibe (anti-inflamatório usado contra artrite) e sinvastatina (aterosclerose). Dos 13 compostos testados, 11 inibiram o desenvolvimento de tumores nas linhagens de células cultivadas em laboratório.
É importante ressalvar que são resultados experimentais, preliminares e apenas in vitro. Não há garantia, apenas sugestão, de que essas drogas possam de fato ajudar a curar tumores em pessoas. Muitos estudos precisarão ser feitos, mas ao menos se abriu um novo front na guerra inglória. (...)
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