domingo, 18 de julho de 2010

Ganho de peso excessivo durante a gestação está ligado a doença cardíaca na prole


Excessivo ganho de peso durante a gestação está ligado a doença cardíaca na prole de acordo com resultados de um estudo relatado na Circulation.

Debbie A. Lawlor, professora de epidemiologia da Universidade de Bristol no Reino Unido, disse “eu suspeito que muitas mulheres sintam que a gestação é um momento em que elas podem comer mais e elas, efetivamente, comem mais.

São necessários mais estudos nesse sentido para descobrirmos se há um peso ótimo que não levará ao aumento do risco de nascimento de bebês abaixo do peso ao mesmo tempo em que não aumentará o risco de resultados negativos para a mãe e o bebê no nascimento e em suas vidas."

O objetivo do estudo era determinar a associação entre o ganho de peso gestacional (GWG) e peso maternal antes da gravidez com adiposidade e fatores cardiovasculares de risco na prole.

Usando uma coorte prospectiva do Reino Unido, os investigadores coletaram dados de 5154 pares de proles e mães para adiposidade e pressão arterial e 3457 pares de prole e mãe para teste sanguíneo.

Os investigadores avaliaram o GWG usando modelos randomizados com multiníveis, com o número de medições subsequentes médio de 10 (variação de 1 - 17) medições por mulher.

Prole nascida de mulheres que ganharam em suas gestações mais peso que o sugerido pela diretriz de 2009 do Instituto de Medicina tiveram uma maior chance de ter um alto índice de massa corporal (IMC) e maiores medidas de cintura, gordura corporal, leptina, pressão arterial sistólica, nível de proteína C reativa e de nível de interleuquina 6, além de níveis mais baixos de HDL e apolipoproteina A1.

Níveis de adiposidade foram mais baixos em crianças cujas mães ganharam menos peso do que a quantidade recomendada, mas os outros fatores de risco cardiovascular tenderam a ser similares aos da prole de mulheres que ganharam a quantidade recomendada de peso.

Foi encontrado também que um peso elevado anterior à gravidez gerou maior adiposidade na prole, além de altos fatores de risco cardiovasculares na idade de 9 anos.

Analisando toda a gestação, GWG no início da gravidez (0 - 14 semanas) foi associada com adiposidade da prole, sendo essa associação mais forte em mulheres que ganharam mais de 500 g/semana.

No meio da gravidez (entre 14 e 36 semanas de gestação), porém, GWG só foi associada com a adiposidade da prole em mulheres que ganharam mais de 500 g/semana.

Entre 14 e 36 semanas de gestação, GWG foi linearmente associada com perfis inflamatórios e de lipídios resultantes da associação com a adiposidade da prole.

"Nossos resultados demonstram que para tentar descobrir qual deveria ser o ganho de peso ideal na gravidez, nós devemos considerar resultados posteriores na prole e também no momento do nascimento”, disse o Dr. Lawlor.

"Mas eu acredito que nós estamos longe de estabelecer que o ganho de peso ótimo na gravidez gera os melhores resultados para crianças e mães."

As limitações desse estudo incluíram o tamanho da amostragem resultante de estatísticas, desenho observacional e a possibilidade de mudança dos achados.

O Dr. Lawlor recomenda que sejam realizados estudos randomizados em gestantes obesas grávidas comparando o tratamento pré-natal padrão x o tratamento pré-natal padrão em conjunto com conselho especializado focado na manutenção de um peso saudável durante a gravidez.



Para saber mais, acesse o Centro de Informação Controle do Peso: http://www.medcenter.com/Medscape/RC.aspx?bpid=12&pid=120

Fonte:http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?bpid=120&id=27083&__akacao=285495&__akcnt=acd0802f&__akvkey=811e&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=GERAL+121+BR&langtype=1046
Autora: Dra. Laurie Barclay
Publicado em 06/08/2010

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