sábado, 20 de agosto de 2011

Vamos reduzir o sal no nosso cotidiano?

Controle de consumo de sal pode reduzir número de óbitos

A quantidade de sal consumida atualmente pela população brasileira é alarmante. De acordo com dados divulgados pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os adolescentes do país consomem 70% de sal a mais do que o limite recomendável de 2,300 mg por dia. Os homens entre 19 e 59 anos ultrapassam esse número em 88,7% e as mulheres em 69,7%. O excesso de sal pode levar ao desenvolvimento de hipertensão arterial e doenças cardiovasculares e renais. Essas condições são particularmente perigosas por progredirem silenciosamente e serem de difícil diagnóstico, sendo muitas vezes identificadas somente em estágios avançados. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), se as pessoas adaptassem o seu consumo de sal às recomendações médicas, haveria uma redução considerável no número de mortes causadas a cada ano por doenças cardiovasculares. Atualmente, essas condições provocam 315 mil óbitos anuais. Uma das maiores preocupações dos médicos são os alimentos industrializados. De acordo com Carlos Alberto Machado, porta-voz da SBC, “a SBC se aliou à Anvisa para que os fabricantes de alimentos industrializados sejam obrigados a divulgar nos rótulos das embalagens alertas sempre que o produto tiver quantidade elevada de gordura saturada, gordura trans, sódio e açúcar”. Por decisão judicial, essas medidas estão temporariamente impedidas. A organização espera que em breve elas sejam validadas. A redução da quantidade de sal usada nas receitas não afeta o sabor do alimento, fato que foi debatido em reunião com o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes (ABRASEL). “Sabemos que não há necessidade de tanto sal nos alimentos, tanto que em recente reunião com o ABRASEL, os representantes da entidade confirmaram que há uma tendência entre os associados a reduzirem o uso do sal nos alimentos servidos. Eles comprovaram que uma redução de 20% do nível de sódio não afeta nem o sabor nem a qualidade dos mesmos, que continuam tendo plena aceitação dos consumidores”, completa Machado. Dessa forma, parece não haver motivos para o excesso de sal nos alimentos. O controle do consumo desse alimento é um passo importante para a prevenção de doenças e a manutenção da boa qualidade de vida em todo o país.

Fonte: Bom Dia, Doutor. www.hebron.com.br

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pobres comem e engordam mais, diz Minstério da Saúde

"Quase metade da população brasileira está acima do peso. E 15% é considerada obesa, segundo o Ministério da Saúde.

Números que estão diretamente relacionados com o bom momento econômico. Ganha-se mais, come-se mais. Mas o brasileiro não tem dado importância ao que se come. E é a população mais pobre que tem engordado mais.

Com a economia em alta nos últimos anos, o Brasil - em parte - se livrou do peso da miséria.Em compensação, a periferia ganhou quilos. E muitos.

Os excessos estão na cara, na cintura e nos quadris, principalmente entre as mulheres. O brasileiro - mesmo de baixa renda - come cada vez mais. O que não quer dizer que coma melhor.

A principal causa desse descompasso é falta de informação. E na hora que a pessoa vai empregar o dinheiro que ela está recebendo, começa a comprar coisas erradas como: fast food, comidas industrializadas, entregas em casa, sem pensar no que é mais saudável, segundo os médicos.

Uma pesquisa de orçamento familiar do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que, entre os 20% mais pobres, havia apenas 5,5% de homens acima do peso em 1974. Em 2009, são quase 37%. Entre as mulheres, eram 14% de gordinhas. Agora, são 45%.
As consequências aparecem nos hospitais públicos, onde casos de diabetes, hipertensão e problemas cardíacos aparecem com mais frequência. Exemplos que se configuram no aumento de 150% de cirurgias bariátricas na rede pública, nos últimos sete anos."

Fonte: http://www.portalcorreio.com.br/noticias/matLer.asp?newsId=192557

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mulher, amamente seu filho: você e ele só têm a ganhar


Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/flash/fanpage_amamentacao_2011.html

Estamos compensando as tristezas com a comida?

Aumento de obesidade pressiona governos de países emergentes
Pablo Uchoa - Da BBC Brasil em Londres
Aumento de população acima do peso será assunto de cúpula da ONU
Governos de países emergentes estão sendo impelidos a adotar medidas para combater o avanço da obesidade, que atingiu níveis alarmantes em economias em rápido crescimento nas últimas três décadas.

Dados inéditos da Organização Mundial de Saúde (OMS) obtidos com exclusividade pela BBC Brasil confirmam que, assim como o rápido crescimento do PIB (Produto Interno Bruno), o sobrepeso e a obesidade dispararam em países como China, Índia, África do Sul, Brasil e México.

obesidadeNotícias relacionadasMais pobres comem poucas verduras; ricos bebem mais cerveja, diz IBGENúmero de diabéticos mais que dobra desde 1980, diz estudoOCDE alerta para aumento de obesidade em países em desenvolvimento
Tópicos relacionadosSaúde, InternacionalConhecidos no passado por dificuldade em alimentar suas populações, estes países hoje se debatem com problemas de natureza oposta - em um fenômeno que especialistas chamam de "dupla carga".

"A forma com que calculamos o desenvolvimento econômico é simplesmente uma medida do quanto consumimos - então o quanto mais você consume, mais rico você é... e é claro que isso é ruim para ganho de peso", disse à BBC Brasil SV Subramanian, professor de Saúde da População e Geografia da Universidade de Harvard.

No mês que vem, líderes mundiais se encontrarão na primeira cúpula de alto nível da ONU sobre doenças não-transmissíveis, que incluem obesidade, e serão exortados a adotar medidas de controle e regulamentação sobre a indústria alimentícia, assim como sistemas para identificar potenciais complicações de saúde em estágio inicial.

Epidemia de obesidade

A prevalência da obesidade aumentou em países emergentes de forma muito mais rápida que a renda, e mais rápida do que em países desenvolvidos, ao longo das três últimas décadas.

Na China, estima-se que 100 milhões de pessoas sejam obesas, comparado a 18 milhões em 2005.

No Brasil a obesidade cresce mais rapidamente entre as crianças. Cerac de 16% dos meninos e 12% das meninas com idades entre 5 e 9 anos são hoje obesas no país, quatro vezes mais do que há 20 anos.

Um em cada sete adultos mexicanos está acima do peso, proporção que fica atrás apenas dos EUA entre as principais economias do mundo.

A África do Sul, por sua vez, tem um índice de obesidade mais alto que o dos EUA - com um PIB que é um oitavo do americano.

"Vimos um aumento dramático nos níveis de obesidade em países emergentes, e este índice parece estar crescendo mais rapidamente e em meio a níveis mais baixos de PIB do que na Europa ou nos EUA há 20 ou 30 anos", disse Tim Lobstein, da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade (Iaso).

Embora especialistas vejam uma clara relação entre o aumento da obesidade e o crescimento da riqueza, há outros fatores para o crescimento tão rápido.

"Vimos um aumento dramático nos níveis de obesidade em países emergentes, e este índice parece estar crescendo mais rapidamente e em meio a níveis mais baixos de PIB do que na Europa ou nos EUA há 20 ou 30 anos"

Tim Lobstein, da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade
O primeiro relatório da OMS sobre doenças não-transmissíveis, publicado em 2010, afirma que não apenas a obesidade, mas também outras "epidemias" como diabetes, câncer e doenças cardiorespiratórias e cardiovasculares, estão relacionadas a mudanças da vida contemporânea.

"Doenças não-transmissíveis são causadas, em grande parte, por fatores de risco comportamentais que são relacionados a transição econômicas, urbanização rápida e estilos de vida típicos do século XXI: consumo de tabaco, dieta insalubre, atividade física insuficiente e consumo abusivo de álcool", diz o relatório.

Economia da nutrição

No caso de países emergentes, diz Tim Lobstein, a mudança mais importante é a assim chamada "transição da nutrição", de uma dieta com alimentos básicos para uma dieta modernisada, que consiste em alimentos de nível energético muito maior.

"Isso significa menos frutas e verduras, ou menos alimentos básicos como arroz e grãos, e mais gorduras, e açúcar e óleo. Estes vêm particularmente sob a forma de fast-food, refrigerantes", diz ele.

A demanda por calorias acessíveis e produzidas em massa disparou em países emergentes, particularmente dentro das classes emergentes, que hoje podem gastar mais de sua renda em comida.

Mas o professor Subramanian afirma que a obesidade é um fenômeno que afeta principalmente as classes mais privilegiadas em países de renda baixa e média, e até em economias emergentes.

Em um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition, sua equipe de pesquisadores das universidades de Harvard e Bristol pesquisaram dados de cerca de 530 mil mulheres adultas de 54 países de renda média e baixa.

Eles afirmam que, apesar de a obesidade ter aumentado na maioria dos países tanto entre os 25% mais ricos quanto entre os 25% mais pobres da população, o Índice de Massa Corporal (IMC) - medida do peso de uma pessoa que leva em conta a sua altura - aumentou mais nos setores mais ricos.

"Apesar do aumento do IMC não estar mais confinado a países de alta renda, o aumento continua concentrado entre pessoas de renda mais alta em países de renda baixa e média", diz o estudo.

A Índia é um exemplo clássico de país que combina enormes desafios na área de nutrição entre sua população mais pobre, com alguns dos piores efeitos da obesidade sentidos nas classes médias.

Apesar de ter um dos menores índices do mundo - 1% em homens e 2% em mulheres em 2008, de acordo com a OMS - a Índia tem cerca de 50 milhões de pessoas com diabetes, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes.

O país fica atrás apenas da China (onde estima-se que 92 milhões de pessoas sofram de diabetes), mas especialistas estimam que os números da Índia sejam bastante subestimados.

Regulamentação coordenada



Mercado na China: mudança de hábitos alimentares também é responsável por fenômeno
Tim Lobstein argumenta que o aparente paradoxo está ligado às "políticas de produção e distribuição de alimentos".

"Hoje em dia (essas políticas) são governadas por forças de mercado, e essas forças não necessariamente promovem a saúde. Elas promoverão ingredientes mais baratos e comida processada para distribuição onde houver mercado", diz ele.

"As companhias que estão saturadas no mercado em desenvolvimento examinam agora como podem entrar em economias de renda mais baixa e ainda conseguir lucro".

Quando líderes mundiais se encontrarem por dois dias na cúpula da ONU sobre doenças não-transmissíveis a partir de 19 de setembro, organizações de saúde pressionarão por regulamentações para controlar a quantidade de gordura, açúcar e sal em alimentos processados.

Entidades como a NCD Alliance também pedirão a adoção de medidas para aumentar o nível de atividades físicas, para impedir estilos de vida sedentários.

"Esperamos que a reunião da ONU aumente a visibilidade de doenças não-transmissíveis, ao mostrar que não se trata apenas de um assunto de saúde, mas envolve também a cadeia de produção alimentar", afirmou uma representante do Ministério da Saúde do Brasil, Deborah Malta, à BBC Brasil. "Precisamos de políticas públicas e regulamentações não apenas para a indústria alimentar, mas também para tabaco, álcool e um número cada vez maior de setores".

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/08/110808_obesidade_abre_ji.shtml

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Alimentos gordurosos diminuem tristeza

Muitas pessoas, quando estão chateadas, conseguem encontrar conforto emocional em alimentos calóricos e gordurosos. Uma pesquisa desenvolvida na Bélgica encontrou novas informações sobre a relação entre a tristeza e a vontade de comer. Em um experimento, pesquisadores pediram que 12 pessoas saudáveis e com peso adequado fizessem jejum durante 12 horas, tivessem tubos de alimentação conectados aos seus estômagos e fizessem ressonâncias magnéticas de 40 minutos de duração. Durante as ressonâncias, os cientistas tocaram músicas e mostraram imagens (todas tristes ou neutras) para os participantes. Os cientistas também administraram uma solução através dos tubos. Metade dos participantes recebeu 250 ml de ácido dodecanóico (um ácido graxo) e a outra metade recebeu um líquido salino. Em quatro diferentes momentos da ressonância, os pacientes indicaram através de uma escala de 9 pontos os seus níveis de fome, satisfação (se estavam com o estômago cheio), náusea e também classificaram seus humores. Apesar de as reações dos participantes dos dois grupos não terem se diferenciado quanto a fome, náusea e satisfação, as pessoas que receberam a solução de ácido graxo tiveram respostas negativas menores a emoções tristes. Os resultados mostraram também que os participantes sentiam mais fome quando os pesquisadores incentivavam emoções tristes. E enquanto tristes as pessoas diziam sentirem mais fome do que quanto estavam emocionalmente neutras. Os pesquisadores acreditam que o estudo pode fornecer mais informações sobre problemas como a obesidade e a depressão e também sobre distúrbios alimentares. A pesquisa foi publicada na edição de agosto do periódico Journal of Clinical Investigation.

Fonte: Bom Dia Doutor - www.hebron.com.br